terça-feira, 12 de agosto de 2008

Memória distante...

São quatro da manhã
estou só e tu sem chegar
Saíste sem dizer nada
pela alvorada e sem deixar recado

Esqueço o tempo
não sei que horas são
Estás quase a chegar, pela madrugada
vens com a brisa que sopra de mansinho
que te abre o caminho
por entre as folhas
que lá fora, teimam em não me deixar passar

Calmo e denso, como o nevoeiro
chegas e sinto o teu cheiro
igual ao que guardo na memória
dos dias em que não estavas

© [2008] RR

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