Quero partir, desaparecer
deixar tudo para trás.
Nada me prende aqui
nada me prende a ti
nada me prende a mim
Não quero viver assim
não quero viver aqui
Leva-me para longe
onde o dia se cruza com a noite
a lua fica lá alto
brilha, hipnotiza e guia
com a sua aura no escuro
Quero o sol de volta
Aquele que ilumina os dias
leva a noite e a lua de volta
para o outro lado do mundo
onde deve ficar
É essa luz que prende
faz-me pensar em voltar
mas não para o mesmo lugar
pois aí nada me prende
Antes este lugar
onde te posso contemplar
mesmo sabendo que preso a ti
é como quero ficar.
© [2008] RR
sábado, 26 de julho de 2008
terça-feira, 8 de julho de 2008
O tempo traz, o tempo faz...
Hoje lembrei-me de ti.
Hoje fizeram lembrar-me de ti.
Numa conversa oca, louca, sem sentido
que não espelha o sentimento de perda e falta
que me fazes.
Recordei-me de ti
de todas as visões que tenho,
das imagens que não quero esquecer.
Ainda estás nos meus sonhos de menino, rapaz, homem
que não têm onde acabar, e não quero que acabem.
Amanhã não me vou esquecer de ti.
Não tenho o que esquecer.
A vida deveria ser um processo reversível
pois a morte só traz a lembrança
e a saudade faz com que não vá esquecer a falta que me fazes.
Hoje lembrei-me de ti.
Ainda vivo por ti.
Fazes falta, a mim!
© [2008] RR
Em memória (para) Luísa Rodrigues
Hoje fizeram lembrar-me de ti.
Numa conversa oca, louca, sem sentido
que não espelha o sentimento de perda e falta
que me fazes.
Recordei-me de ti
de todas as visões que tenho,
das imagens que não quero esquecer.
Ainda estás nos meus sonhos de menino, rapaz, homem
que não têm onde acabar, e não quero que acabem.
Amanhã não me vou esquecer de ti.
Não tenho o que esquecer.
A vida deveria ser um processo reversível
pois a morte só traz a lembrança
e a saudade faz com que não vá esquecer a falta que me fazes.
Hoje lembrei-me de ti.
Ainda vivo por ti.
Fazes falta, a mim!
© [2008] RR
Em memória (para) Luísa Rodrigues
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